Seu veículo precisa mesmo de um rodízio de pneus? Entenda como proceder

rodízio de pneus

Seu veículo precisa mesmo de um rodízio de pneus? Entenda como proceder

Já faz muito tempo que a questão do rodízio de pneus deixa milhares de motoristas em dúvida. Afinal, fazer ou não? O que é mais seguro?

Há alguns anos, quando nos deparávamos com essa pergunta, era bastante comum que a maior parte dos profissionais do setor respondessem que o mais seguro seria fazer o rodízio.

Hoje em dia, porém, isso mudou um pouco. A questão é polêmica e divide opiniões, fazendo com que um “time” seja a favor do rodízio e outro seja contra.

Em uma análise recente publicada pelo Guia Quatro Rodas, diversos especialistas e representantes das grandes marcas do setor foram entrevistados. Vamos ver o que eles dizem!

 

O que é rodízio de pneus?

Primeiramente, vale explicar exatamente o que é o rodízio de pneus.

Para quem não sabe, essa é uma estratégia utilizada por diversos motoristas para equilibrar a vida útil dos pneus e garantir maior estabilidade e segurança ao veículo.

Basicamente, o que é acontece é uma inversão entre os pneus dos dois eixos do carro (podendo incluir o pneu estepe ou não).

 

Fazer rodízio ou não, eis a questão

Entrando de forma mais aprofundada nessa questão, sabemos que, no levantamento promovido pela Revista Quatro Rodas, 18 montadoras foram ouvidas e somente duas (BMW e Renault) se mostraram contrárias ao rodízio.

Segundo o representante da BMW, o motivo é simples: os pneus dos eixos traseiro e dianteiro das BMWs quase sempre são diferentes, impossibilitando que o motorista faça um rodízio.

A Renault, por sua vez, alegou ser mais seguro comprar dois pneus novos sempre que os do eixo dianteiro, também conhecido como “eixo de tração”, estiverem gastos.

A recomendação da montadora francesa é para que as duas unidades novas sejam colocadas no eixo traseiro, fazendo com que os dois pneus de trás agora fiquem na frente.

Das 16 marcas restantes, 6 recomendaram que o motorista utilize o estepe no processo de rodízio de pneus. São elas: Hyundai, Kia, Peugeot, Toyota, Chery e JAC.

Vamos entender quais são as vantagens e desvantagens de se incluir o pneu estepe no rodízio? Confira os argumentos das marcas:

 

Vantagens de incluir o estepe

 

Segundo o que disse Vinícius Sá, gerente de pneus de passeio da Goodyear Brasil, a ideia central do rodízio com o estepe é garantir um desgaste por igual dos cinco pneus.

A recomendação, segundo ele, é para que as trocas sejam feitas a cada 5 mil quilômetros rodados.

Outras fabricantes, como a Continental Pneus, admitem que os rodízios podem ser feitos a cada revisão — ou seja, a cada 10 mil quilômetro rodados.

“Nos veículos onde o estepe é igual aos outros pneus, ele é colocado para rodar a partir dos 10 mil quilômetros percorridos, na traseira ou na frente, em qualquer um dos lados. Essa simples mudança aumenta em 20% a vida útil de todo o conjunto de pneus”, afirmou Milton Araujo, Gerente de Serviços ao Cliente da Continental Pneus.

Do ponto de vista econômico, porém, esse argumento é contestável: ao final do processo, o motorista terá que comprar 5 novos pneus em vez de 4 (exatamente a economia que foi feita durante o rodízio).

O segundo argumento, considerado por todos como mais relevante, é o da segurança. Quando compramos apenas dois pneus novos para substituir os dois que estão mais gastos, pode haver um certo desequilíbrio entre as rodas, prejudicando a estabilidade.

O rodízio de pneus, nesse caso, é uma medida que serve para garantir que os desgastes aconteçam de forma similar em todo o conjunto.

 

Desvantagens de incluir o estepe

 

Sobre o “time” que defende que o estepe não esteja presente no rodízio, podemos dizer que existem dois argumentos principais.

Colocar 3 pneus gastos e 1 menos rodado, segundo eles, causará um desequilíbrio não só entre os eixos, como também entre os lados esquerdo e direito. Os defensores do estepe, por sua vez, argumentam que isso pode ser amenizado com uma mudança das rodas aos 5 mil quilômetros.

O segundo argumento é que, mesmo sendo igual aos outros pneus, o estepe não foi feito para rodar, mas sim para que, em situações de emergência, o motorista consiga chegar ao seu destino sem maiores problemas.

 

Contra essa tese, porém, está o risco de envelhecimento da borracha. Segundo Flávio Santana, engenheiro de campo e gerente de produtos da Michelin, é justamente para evitar a depreciação da borracha que o estepe deve ser utilizado nos rodízios.

 

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E você, o que acha sobre o tema do rodízio de pneus? Possui alguma opinião formada?

 

Compartilhe o seu ponto de vista conosco e vamos continuar conversando sobre o assunto!

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