- 17 de junho de 2021
- Por Richard Casa Grande
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No começo dos anos 2000, uma das grandes tendências no Brasil era ter o carro rebaixado. Muitos motoristas alteraram a suspensão dos seus carros para seguir as tendências que viam na TV, nos vídeo-games e no cinema da época. No entanto, essa mudança teve muitos impactos e, só depois, os motoristas foram perceber que essa decisão pode não ter sido a melhor.
Ainda hoje, muitos querem ter carros com a suspensão rebaixada. É normal procurar por serviços que façam essa modificação, mesmo que eles não sejam oficiais. Mas será que essa tendência traz benefícios para o carro? Ou melhor, será que existem riscos em fazer esse tipo de mudança no automóvel? Se existirem, quais riscos são esses? É importante saber disso caso você tenha interesse em rebaixar seu veículo.
Para saber tudo sobre como um carro rebaixado funciona, siga a leitura do artigo abaixo!
Um carro rebaixado é um automóvel que passou por uma alteração em sua suspensão. Desse modo, o seu centro de gravidade fica reduzido e a sua lataria chega a quase encostar no chão.
Na prática, isso causa um efeito estético interessante para algumas pessoas. Para dirigir, a mudança pode gerar um pouco mais de estabilidade, pois coloca o automóvel próximo do chão. No entanto, também gera alguns outros problemas (que veremos a seguir).
Existem dois passos no processo de rebaixamento de um automóvel: o mecânico e o burocrático. Ambos devem ser feitos corretamente para que o motorista não tenha problemas com a modificação no futuro.
Em relação ao rebaixamento pela via mecânica, são 4 métodos usados para que o processo seja feito. Confira abaixo:
Antes do processo mecânico ser feito, no entanto, o motorista precisa resolver a parte burocrática do trabalho. Para isso, é necessário começar indo ao Detran e solicitando a Autorização Prévia da Autoridade de Trânsito. Esse documento autoriza que o motorista faça modificações no carro. Sem o documento, as oficinas sérias sequer aceitarão o trabalho.
Depois dessa autorização, o motorista faz o trabalho com a oficina e vai ao DETRAN para obter o CSV (Certificado de Segurança do Veículo). Nesse documento, constará que, apesar das modificações feitas, o automóvel permanece seguro. Com o CSV em mãos, será necessário reemitir vários documentos do carro, como o documento de porte, o CRV e o CRLV.
No geral, a papelada para rebaixar o carro custa algo próximo de R$ 300,00.
Existem diversos riscos de ter um carro rebaixado. Alguns deles são relativamente simples. Por exemplo, um automóvel sem a altura básica necessária pode raspar sua lataria na hora de passar por uma lombada ou uma subida na rua.
Já outros riscos são bem maiores. Um deles é o desgaste do motor, especialmente em seus coxins. Essas peças são feitas de metal e posicionadas entre o motor e a lataria do carro. De certa forma, são como suportes que absorvem o tremor do motor e evitam que eles façam barulho ou desgaste. O rebaixamento do veículo diminui seu centro de gravidade e gera um impacto desproporcional nos coxins, que ficam desgastados mais rapidamente e passam a permitir maior dano no motor.
Outros riscos têm a ver com a parte burocrática do automóvel. O primeiro deles é a perda de garantia. Afinal, as modificações fazem com que o contrato de garantia não seja válido e o motorista perca essa cobertura, caso precise dela no futuro. Já o segundo é uma dificuldade na hora de revender o veículo. Afinal, nem todo mundo gosta do estilo rebaixado. Pode ser muito difícil encontrar um motorista para assumir o seu automóvel, especialmente se ele já passou por danos por causa do rebaixamento.
Pronto! Agora que você já entendeu como funciona um carro rebaixado, poderá decidir se quer ou não fazer essa modificação no seu veículo. Só lembre-se de que é muito importante fazer o processo com oficinas mecânicas realmente comprometidas e especializadas no assunto. Além disso, faça toda a burocracia para garantir que não terá problemas com essa modificação.
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